Tentando conhecer o gosto ou não pela escola da minha criança, todos os dias o invado com perguntas sobre como correu, quem são os colegas, se já têm nome, quem fica ao lado dele, quem fala mais, o que fez, o que mais gostou de fazer, como se chama a professora, quais os trabalhos de casa, …
Enfim, questões e mais questões que umas vezes são respondidas outras só têm como resposta “és uma chata, já te disse que não sei o nome da professora” ou parecida.
Mas no início da segunda semana começaram a chover novidades, para felicidade aqui da mãe.
Ora bem, nem sei por onde começar, talvez pela primeira que soube:
Filho: - já tenho um amigo novo.
Mãe: - Boa e como se chama?
Filho: - sei lá, é só meu amigo, fazemos os dois as mesmas coisas e conversamos muito.
(conclusão da mãe: realmente, para quê saber o nome)
Segunda:
Filho: - a joaninha já não é a minha namorada (era desde os 3 anos de idade)
Mãe: - então?
Filho: - arranjei outra, mas ela não percebe o que lhe digo.
Mãe: - porquê?
Filho: - dou-lhe recados, mando-lhe beijinhos e ela nunca me responde.
Mãe: - se calhar é envergonhada!
Filho: - não, ela só quer falar, até já escrevi o nome dela mais um coração e o meu nome e ela não percebeu.
Mãe: - olha que deve ter percebido.
Filho: - mas não disse nada nem fez nada…
(o resto da conversa desenrola-se sempre sobre a dificuldade de compreensão da menina e já vamos em 4 dias de conversa sobre o mesmo tema.)
(Conclusão da mãe: se a menina se está a fazer de difícil para o meu filho vou convencê-lo que ela não presta para ele e deve partir para outra, só lhe dou até ao fim desta semana)
Terceira: (inicio das aulas extracurriculares)
Mãe: - então como correram as aulas de actividades físicas e desportivas?
Filho: - ah! Fizemos um joguinho da treta!
Mãe: - que jogo foi esse, perdeste foi?
Filho: - não, só deixaram jogar os da 2ª classe.
Mãe: - então, mas como era o jogo?
Filho: - tinha uns tracinhos e mais um pauzinho e íamos acrescentando pedaços!
Mãe: - espera ai filho, explica melhor.
Filho: - não sabes nada. Assim (e desenha no ar) não estás a ver? No fim desenhamos a perna!
Mãe: - ah! Já sei qual é, mas esse jogo vocês não podem jogar porque não sabem ler
Filho: - treta!
(conclusão da mãe: para o caso de não terem percebido… era o jogo da forca”)
Conclusão das 2 semanas: os trabalhos de casa são a grande dificuldade… 30 min sentado a fazer os trabalhos ao lado da mãe… vai ser duro.
P.S. texto disponibilizado a o sabor do olhar
6 comentários:
É simplesmente delicioso este relato. Já passei por situações assim e ao ler-te não consegui deixar de me emocionar.
Agora, não muito diferente, mas outro tipo de discursos, vivo o momento da mudança de escola e a adapatação ao 5º ano...sim, a minha princesa já foi para a preparatória...
É tão bom....
beijinhos e um bom dia para ti
E ele deve sentir-se tão bem por ter esse acompanhamento e conversas da tua parte..:)
bjnho
Olá :-)
Então, o miúdo convenceu a miúda ou já partiu para outra?
Bjo
VM
Olá
Tenho um miminho para ti no meu blog, quando puderes passa por lá.
Beijos estrelados
Olá, Filha!
Reparei que o link para o Humoral da Hitória ali na sua lista ainda remete para o endereço antigo, que desapareceu aquando da última remodelação do site do Expresso. O blog passou a ter uma nova morada, que é a seguinte:
http://expresso.clix.pt/gen.pl?sid=ex.sections/23465
Quando puder, actualize. Obrigado!
O jogo da forca é uma actividade física?!
Os trabalhos de casa podem ser fundamentais no primeiro ciclo....
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