E são essas queeu considero fantásticas
Hoje vinha a ouvir na excelente estação de rádio M80 (96.6), sobre a qual não me canso de fazer publicidade, uma canção a que dei particular atenção "Demagogia" da Lena de Água.
Ouvi imensas vezes aquela canção, mas a idade com que a ouvi não incluia preocupações politicas nem afins, por iss agora é que lhe dou a real importância.
Aquela simples frase:
"Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira"
diz tudo sobre o que acontece actualmente na sociedade, e não é só na politica, é igual nos locais de trabalho, nas lojas, nos relacionamentos de um dia ... em qualquer sitio. Quem não tiver este dom o melhor é pensar em ir viver sózinho para o cimo de uma montanha.
Se quiserem a letra completa podem confirmar que se mantêm totalmente actual:
Demagogia
Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas
Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral
Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
Letra e música de Luís Pedro Fonseca
Álbum Perto de ti, Lena d’Água 1982
outubro 31, 2007
outubro 26, 2007
Diários gratuitos
Os jornais de distribuição gratuita estão a dar cartas.
Todos os meses parece que nasce mais um, já nos damos ao luxo de escolher qual queremos ler ou se queremos ler todos.
É excelente e cumprem a sua função na perfeição, pelo menos comigo:
- apanho 2 à entrada no metro que normalmente consigo ler até ao fim da viagem,
- depois apanho mais 2 ou 3 à saida do metro que me dão para a viagem a pé,
- o que fica por ler vai dar para a viagem de regresso a casa.
Excelente, mesmo com algumas noticias repetidas valem mesmo a pena, e sem dúvida que as pessoas aderem, claro que existem sempre aquelas que olham com uma cara de enfado para a pessoa que distribui o jornal como se o jornal estive com um vírus qualquer, mas esses ignoram-se.
E as pessoas estão de tal forma a aderir às noticias diárias que já fazem questão de informar:
- a concorrência está a dar brindes hoje, o que é que vocês dão?
Que pena não existir mais concorrência em outros sectores, e de fossemos mais exigentes será que passaria a existir?
Todos os meses parece que nasce mais um, já nos damos ao luxo de escolher qual queremos ler ou se queremos ler todos.
É excelente e cumprem a sua função na perfeição, pelo menos comigo:
- apanho 2 à entrada no metro que normalmente consigo ler até ao fim da viagem,
- depois apanho mais 2 ou 3 à saida do metro que me dão para a viagem a pé,
- o que fica por ler vai dar para a viagem de regresso a casa.
Excelente, mesmo com algumas noticias repetidas valem mesmo a pena, e sem dúvida que as pessoas aderem, claro que existem sempre aquelas que olham com uma cara de enfado para a pessoa que distribui o jornal como se o jornal estive com um vírus qualquer, mas esses ignoram-se.
E as pessoas estão de tal forma a aderir às noticias diárias que já fazem questão de informar:
- a concorrência está a dar brindes hoje, o que é que vocês dão?
Que pena não existir mais concorrência em outros sectores, e de fossemos mais exigentes será que passaria a existir?
outubro 22, 2007
Não tenho cá vindo ...
Mas não é por isso que tenho deixado de acompanhar as noticias e até tenho tido “histórias” que valiam ser contadas, mas como a maioria não se passou comigo e as pessoas envolvidas não se queixam … para quê ser eu a falar do assunto!!
Ando a aprender umas coisas ultimamente e uma delas é:
“não vale a pena ajudar quem não se ajuda”.
Só para terem uma ideia, eu tenho a desgraçada tendência de “gritar” contra as injustiças (pelo menos que eu considero injustiças) e normalmente ainda mais quando as situações envolvem outras pessoas que não eu.
Durante muito tempo, anos até, sempre fiz questão de dar a minha opinião sobre situações que me revoltavam, enfrentar chefes, enfrentar colegas, passageiros de autocarro e Metro…
Raramente conseguia ficar calada quando, por exemplo, no Metro entrava uma grávida ou alguém com dificuldades em andar e ninguém lhe dava lugar. Revoltava-me a indiferença das pessoas, o egoísmo…, mas até nestas situações aprendi.
Entrou uma dessas grávidas sem lugar para se sentar, levantei-me e fiz questão de lhe indicar o meu lugar …
Respondeu-me: não me quero sentar!
Insisti: mas é perigoso ir em pé e o lugar é seu, pode cair
Resposta prontíssima que me deixou de boca aberta: e se cair qual é o problema?
Escusado será dizer que eu não me sentei por teimosia e ela não se sentou porque não se queria defender de nenhum acidente… o lugar ficou vago até à saída dela, 5 estações à frente.
Agora só me levanto depois de ter chamado a pessoa e de ela concordar em sentar-se, senão nem me mexo.
E isto é só um exemplo com um desconhecido, porque com conhecidos as situações ainda são mais caricatas.
Muito se aprende em cada dia de vida em sociedade.
Ando a aprender umas coisas ultimamente e uma delas é:
“não vale a pena ajudar quem não se ajuda”.
Só para terem uma ideia, eu tenho a desgraçada tendência de “gritar” contra as injustiças (pelo menos que eu considero injustiças) e normalmente ainda mais quando as situações envolvem outras pessoas que não eu.
Durante muito tempo, anos até, sempre fiz questão de dar a minha opinião sobre situações que me revoltavam, enfrentar chefes, enfrentar colegas, passageiros de autocarro e Metro…
Raramente conseguia ficar calada quando, por exemplo, no Metro entrava uma grávida ou alguém com dificuldades em andar e ninguém lhe dava lugar. Revoltava-me a indiferença das pessoas, o egoísmo…, mas até nestas situações aprendi.
Entrou uma dessas grávidas sem lugar para se sentar, levantei-me e fiz questão de lhe indicar o meu lugar …
Respondeu-me: não me quero sentar!
Insisti: mas é perigoso ir em pé e o lugar é seu, pode cair
Resposta prontíssima que me deixou de boca aberta: e se cair qual é o problema?
Escusado será dizer que eu não me sentei por teimosia e ela não se sentou porque não se queria defender de nenhum acidente… o lugar ficou vago até à saída dela, 5 estações à frente.
Agora só me levanto depois de ter chamado a pessoa e de ela concordar em sentar-se, senão nem me mexo.
E isto é só um exemplo com um desconhecido, porque com conhecidos as situações ainda são mais caricatas.
Muito se aprende em cada dia de vida em sociedade.
outubro 13, 2007
Parabéns a mim
É verdade.
Este cantinho faz hoje um ano.
Fantástico, isto de ter um blog para falar do que me vai na alma é do melhor que há.
Só tenho pena de não o ter mesmo ao meu lado quando deparo quando algumas situações, muitas vezes vou no carro a ouvir rádio e penso “- bolas, devia ter o pc aqui à minha frente, tenho que comentar esta noticia”. Mas depois quando chego perto do pc deixo de ter tempo, já não me lembro e fica assim, o que é uma pena, pelo menos para mim que fico a ferver tantas vezes com o que ouço ou vejo.
Mas não pensem que me esqueço de todos vocês que me visitam pelo contrário, muito obrigada a todos, porque omitir opiniões e divulgar situações é muito bom, mas precisa sempre de ouvintes e de outras opiniões.
Obrigada e conto com vocês para continuar o meu mau feitio.
Este cantinho faz hoje um ano.
Fantástico, isto de ter um blog para falar do que me vai na alma é do melhor que há.
Só tenho pena de não o ter mesmo ao meu lado quando deparo quando algumas situações, muitas vezes vou no carro a ouvir rádio e penso “- bolas, devia ter o pc aqui à minha frente, tenho que comentar esta noticia”. Mas depois quando chego perto do pc deixo de ter tempo, já não me lembro e fica assim, o que é uma pena, pelo menos para mim que fico a ferver tantas vezes com o que ouço ou vejo.
Mas não pensem que me esqueço de todos vocês que me visitam pelo contrário, muito obrigada a todos, porque omitir opiniões e divulgar situações é muito bom, mas precisa sempre de ouvintes e de outras opiniões.
Obrigada e conto com vocês para continuar o meu mau feitio.
outubro 09, 2007
Assim não é justo
Eu sei que não é de pessoa culturalmente evoluída ou lá como se diz, mas uma coisa é certa eu leio sempre o meu signo sempre que o apanho nos jornais que me vêm parar à mão.
E claro, se contam maravilhas até acredito, pelo menos durante 5 minutos, se só dizem desgraças ai realmente concordo com os “culturalmente evoluídos” e sou capaz de dizer que aquilo é tudo falso.
Mas desta vez fiquei desiludida, bolas, ao menos podiam fazer um esforço para se coordenarem, assim não é justo.
O que aconteceu foi o seguinte, vieram parar à minha mão no mesmo dia 4 jornais diários e não é que nenhum dizia a mesma coisa?
Reparem só:
DESTAK:
Amor: Não tenha medo de amar verdadeiramente, mesmo que já tenha sofrido muito.
Saúde: Procure estar mais atento relativamente à sua saúde.
Dinheiro: Provável aumento das suas finanças.
(do melhor, este vou acreditar)
Meia Hora:
Não será o dia ideal para resolver uma hesitação. Os contactos com alguém do estrangeiro ou com experiências de vida diferentes da sua poderão ser uma boa solução.
(bom, está a piorar, mas não é o fim do mundo)
Global
O seu trabalho será rentável. Estão protegidos os nativos que exercem profissões que exijam trabalho em equipa. Sentir-se-á apoiado.
(vá lá, já voltámos a melhorar)
Metro
“O fraco jamais perdoa, o perdão é características dos fortes, dos Grandes.” (Ghandi) A que grupo pertence? Á que prová-lo na prática.
(mas de onde saiu isto agora?)
E agora em qual acredito? Ou então a solução passa por só receber um jornal, sim porque deixar de ler o meu signo, não vou.
E claro, se contam maravilhas até acredito, pelo menos durante 5 minutos, se só dizem desgraças ai realmente concordo com os “culturalmente evoluídos” e sou capaz de dizer que aquilo é tudo falso.
Mas desta vez fiquei desiludida, bolas, ao menos podiam fazer um esforço para se coordenarem, assim não é justo.
O que aconteceu foi o seguinte, vieram parar à minha mão no mesmo dia 4 jornais diários e não é que nenhum dizia a mesma coisa?
Reparem só:
DESTAK:
Amor: Não tenha medo de amar verdadeiramente, mesmo que já tenha sofrido muito.
Saúde: Procure estar mais atento relativamente à sua saúde.
Dinheiro: Provável aumento das suas finanças.
(do melhor, este vou acreditar)
Meia Hora:
Não será o dia ideal para resolver uma hesitação. Os contactos com alguém do estrangeiro ou com experiências de vida diferentes da sua poderão ser uma boa solução.
(bom, está a piorar, mas não é o fim do mundo)
Global
O seu trabalho será rentável. Estão protegidos os nativos que exercem profissões que exijam trabalho em equipa. Sentir-se-á apoiado.
(vá lá, já voltámos a melhorar)
Metro
“O fraco jamais perdoa, o perdão é características dos fortes, dos Grandes.” (Ghandi) A que grupo pertence? Á que prová-lo na prática.
(mas de onde saiu isto agora?)
E agora em qual acredito? Ou então a solução passa por só receber um jornal, sim porque deixar de ler o meu signo, não vou.
outubro 01, 2007
As primeiras aulas
Tentando conhecer o gosto ou não pela escola da minha criança, todos os dias o invado com perguntas sobre como correu, quem são os colegas, se já têm nome, quem fica ao lado dele, quem fala mais, o que fez, o que mais gostou de fazer, como se chama a professora, quais os trabalhos de casa, …
Enfim, questões e mais questões que umas vezes são respondidas outras só têm como resposta “és uma chata, já te disse que não sei o nome da professora” ou parecida.
Mas no início da segunda semana começaram a chover novidades, para felicidade aqui da mãe.
Ora bem, nem sei por onde começar, talvez pela primeira que soube:
Filho: - já tenho um amigo novo.
Mãe: - Boa e como se chama?
Filho: - sei lá, é só meu amigo, fazemos os dois as mesmas coisas e conversamos muito.
(conclusão da mãe: realmente, para quê saber o nome)
Segunda:
Filho: - a joaninha já não é a minha namorada (era desde os 3 anos de idade)
Mãe: - então?
Filho: - arranjei outra, mas ela não percebe o que lhe digo.
Mãe: - porquê?
Filho: - dou-lhe recados, mando-lhe beijinhos e ela nunca me responde.
Mãe: - se calhar é envergonhada!
Filho: - não, ela só quer falar, até já escrevi o nome dela mais um coração e o meu nome e ela não percebeu.
Mãe: - olha que deve ter percebido.
Filho: - mas não disse nada nem fez nada…
(o resto da conversa desenrola-se sempre sobre a dificuldade de compreensão da menina e já vamos em 4 dias de conversa sobre o mesmo tema.)
(Conclusão da mãe: se a menina se está a fazer de difícil para o meu filho vou convencê-lo que ela não presta para ele e deve partir para outra, só lhe dou até ao fim desta semana)
Terceira: (inicio das aulas extracurriculares)
Mãe: - então como correram as aulas de actividades físicas e desportivas?
Filho: - ah! Fizemos um joguinho da treta!
Mãe: - que jogo foi esse, perdeste foi?
Filho: - não, só deixaram jogar os da 2ª classe.
Mãe: - então, mas como era o jogo?
Filho: - tinha uns tracinhos e mais um pauzinho e íamos acrescentando pedaços!
Mãe: - espera ai filho, explica melhor.
Filho: - não sabes nada. Assim (e desenha no ar) não estás a ver? No fim desenhamos a perna!
Mãe: - ah! Já sei qual é, mas esse jogo vocês não podem jogar porque não sabem ler
Filho: - treta!
(conclusão da mãe: para o caso de não terem percebido… era o jogo da forca”)
Conclusão das 2 semanas: os trabalhos de casa são a grande dificuldade… 30 min sentado a fazer os trabalhos ao lado da mãe… vai ser duro.
P.S. texto disponibilizado a o sabor do olhar
Enfim, questões e mais questões que umas vezes são respondidas outras só têm como resposta “és uma chata, já te disse que não sei o nome da professora” ou parecida.
Mas no início da segunda semana começaram a chover novidades, para felicidade aqui da mãe.
Ora bem, nem sei por onde começar, talvez pela primeira que soube:
Filho: - já tenho um amigo novo.
Mãe: - Boa e como se chama?
Filho: - sei lá, é só meu amigo, fazemos os dois as mesmas coisas e conversamos muito.
(conclusão da mãe: realmente, para quê saber o nome)
Segunda:
Filho: - a joaninha já não é a minha namorada (era desde os 3 anos de idade)
Mãe: - então?
Filho: - arranjei outra, mas ela não percebe o que lhe digo.
Mãe: - porquê?
Filho: - dou-lhe recados, mando-lhe beijinhos e ela nunca me responde.
Mãe: - se calhar é envergonhada!
Filho: - não, ela só quer falar, até já escrevi o nome dela mais um coração e o meu nome e ela não percebeu.
Mãe: - olha que deve ter percebido.
Filho: - mas não disse nada nem fez nada…
(o resto da conversa desenrola-se sempre sobre a dificuldade de compreensão da menina e já vamos em 4 dias de conversa sobre o mesmo tema.)
(Conclusão da mãe: se a menina se está a fazer de difícil para o meu filho vou convencê-lo que ela não presta para ele e deve partir para outra, só lhe dou até ao fim desta semana)
Terceira: (inicio das aulas extracurriculares)
Mãe: - então como correram as aulas de actividades físicas e desportivas?
Filho: - ah! Fizemos um joguinho da treta!
Mãe: - que jogo foi esse, perdeste foi?
Filho: - não, só deixaram jogar os da 2ª classe.
Mãe: - então, mas como era o jogo?
Filho: - tinha uns tracinhos e mais um pauzinho e íamos acrescentando pedaços!
Mãe: - espera ai filho, explica melhor.
Filho: - não sabes nada. Assim (e desenha no ar) não estás a ver? No fim desenhamos a perna!
Mãe: - ah! Já sei qual é, mas esse jogo vocês não podem jogar porque não sabem ler
Filho: - treta!
(conclusão da mãe: para o caso de não terem percebido… era o jogo da forca”)
Conclusão das 2 semanas: os trabalhos de casa são a grande dificuldade… 30 min sentado a fazer os trabalhos ao lado da mãe… vai ser duro.
P.S. texto disponibilizado a o sabor do olhar
Subscrever:
Mensagens (Atom)