outubro 01, 2007

As primeiras aulas

Tentando conhecer o gosto ou não pela escola da minha criança, todos os dias o invado com perguntas sobre como correu, quem são os colegas, se já têm nome, quem fica ao lado dele, quem fala mais, o que fez, o que mais gostou de fazer, como se chama a professora, quais os trabalhos de casa, …

Enfim, questões e mais questões que umas vezes são respondidas outras só têm como resposta “és uma chata, já te disse que não sei o nome da professora” ou parecida.

Mas no início da segunda semana começaram a chover novidades, para felicidade aqui da mãe.

Ora bem, nem sei por onde começar, talvez pela primeira que soube:
Filho: - já tenho um amigo novo.
Mãe: - Boa e como se chama?
Filho: - sei lá, é só meu amigo, fazemos os dois as mesmas coisas e conversamos muito.

(conclusão da mãe: realmente, para quê saber o nome)

Segunda:
Filho: - a joaninha já não é a minha namorada (era desde os 3 anos de idade)
Mãe: - então?
Filho: - arranjei outra, mas ela não percebe o que lhe digo.
Mãe: - porquê?
Filho: - dou-lhe recados, mando-lhe beijinhos e ela nunca me responde.
Mãe: - se calhar é envergonhada!
Filho: - não, ela só quer falar, até já escrevi o nome dela mais um coração e o meu nome e ela não percebeu.
Mãe: - olha que deve ter percebido.
Filho: - mas não disse nada nem fez nada…

(o resto da conversa desenrola-se sempre sobre a dificuldade de compreensão da menina e já vamos em 4 dias de conversa sobre o mesmo tema.)

(Conclusão da mãe: se a menina se está a fazer de difícil para o meu filho vou convencê-lo que ela não presta para ele e deve partir para outra, só lhe dou até ao fim desta semana)

Terceira: (inicio das aulas extracurriculares)
Mãe: - então como correram as aulas de actividades físicas e desportivas?
Filho: - ah! Fizemos um joguinho da treta!
Mãe: - que jogo foi esse, perdeste foi?
Filho: - não, só deixaram jogar os da 2ª classe.
Mãe: - então, mas como era o jogo?
Filho: - tinha uns tracinhos e mais um pauzinho e íamos acrescentando pedaços!
Mãe: - espera ai filho, explica melhor.
Filho: - não sabes nada. Assim (e desenha no ar) não estás a ver? No fim desenhamos a perna!
Mãe: - ah! Já sei qual é, mas esse jogo vocês não podem jogar porque não sabem ler
Filho: - treta!

(conclusão da mãe: para o caso de não terem percebido… era o jogo da forca”)


Conclusão das 2 semanas: os trabalhos de casa são a grande dificuldade… 30 min sentado a fazer os trabalhos ao lado da mãe… vai ser duro.


P.S. texto disponibilizado a
o sabor do olhar

6 comentários:

Titá disse...

É simplesmente delicioso este relato. Já passei por situações assim e ao ler-te não consegui deixar de me emocionar.

Agora, não muito diferente, mas outro tipo de discursos, vivo o momento da mudança de escola e a adapatação ao 5º ano...sim, a minha princesa já foi para a preparatória...
É tão bom....

beijinhos e um bom dia para ti

Maria disse...

E ele deve sentir-se tão bem por ter esse acompanhamento e conversas da tua parte..:)

bjnho

Victor Nogueira disse...

Olá :-)
Então, o miúdo convenceu a miúda ou já partiu para outra?
Bjo
VM

Anónimo disse...

Olá

Tenho um miminho para ti no meu blog, quando puderes passa por lá.

Beijos estrelados

Anónimo disse...

Olá, Filha!

Reparei que o link para o Humoral da Hitória ali na sua lista ainda remete para o endereço antigo, que desapareceu aquando da última remodelação do site do Expresso. O blog passou a ter uma nova morada, que é a seguinte:

http://expresso.clix.pt/gen.pl?sid=ex.sections/23465

Quando puder, actualize. Obrigado!

Anónimo disse...

O jogo da forca é uma actividade física?!
Os trabalhos de casa podem ser fundamentais no primeiro ciclo....