Volto a não perceber o grupinho de trabalhadores “médicos”.
Se eu e a maioria dos empregados por conta de outrem tem exclusividade ao seu trabalho, porque não hão-de os médicos ter também exclusividade ao Sector Público?
Se não concordam com essa exclusividade só tem que passar para o sector privado.
Não é lógico? A mim parece-me mais do que lógico.
Quando é que os médicos param de vez com a mania de pensarem que são muito importantes? São trabalhadores como eu e como muitos, tem que ter responsabilidades e serem competentes e seguirem as mesmas regras.
Qual é a lógica de um trabalhador estar na empresa A do ramo de negócio X e ao mesmo tempo estar a trabalhar no mesmo ramo de negócio X na empresa B, que no caso dos médicos até é concorrente e tudo?
E depois vem a ordem dos médicos dizer que é inconstitucional e só vai promover a falta de profissionais.
Interessante, só é inconstitucional para eles e falta de médicos nunca existe no privado.
Estranho, muito estranho.
3 comentários:
Coincidência! :P
Estou numa farmacêutica, já lá vão 3 anitos...
Claro que a minha entidade patronal continua a ser a mesma ;)
Sempre gostei do teu "sentido de humor", tens aqui um belo espaço de opinião, escárnio e mal-dizer! :D
Cya
Dina Dina... Lamento mas não é verdade. A maioria dos trabalhadores depois de cumprir o seu horário de trabalho pode fazer o que quiser, nomeadamente trabalhar. Nenhum emprego deve ter poder sobre o tempo livre do trabalhador, excepto se este voluntariamente o aceitar. E mesmo assim é preciso regulamentar para evitar os excessos de poder da entidade patronal.O que cada um faz no seu tempo livre não diz respeito ao empregador. Gostava de saber que emprego tem e onde está essa cláusula no seu contrato de trabalho. e se está, será que é válida? Ah, e ser médico não é igual a qualquer outra profissão.
Se obrigarem os médicos a escolher, talvez a minha amiga venha a ter mais dificuldade em ter consultas por uma taxa moderadora de valor simbólico. E já há muito tempo que há muitos médicos em exclusividade. Ganham mais 30% de ordenado base...
Uma citação para ajudar a perceber. Mas aderem voluntariamente. Aí é que está a questão...
Médicos em Exclusividade
Os resultados de um estudo regular realizado pela Novadir, uma empresa do Grupo Marktest, revelam que a maioria dos médicos de Clínica Geral exercem a sua actividade em exclusividade.
O estudo da NOVADIR foi realizado junto de médicos Clínicos Gerais ao longo do ano 2002. Nele se identificou que mais de metade destes (53%) exerce actividade clínica em regime de exclusividade, ou seja, a maioria dos médicos tomou a opção de exercer a actividade clínica unicamente num local de trabalho (Centro de Saúde, Consultório ou Hospital).
É claramente nas áreas da Grande Lisboa e do Grande Porto onde se identifica um maior número de Clínicos Gerais que tomou uma opção contrária, ou seja, não se encontra exclusivamente alocado a um local de trabalho. Nas restantes zonas do pais, esta situação inverte-se, sendo especialmente junto dos Clínicos Gerais do Interior Norte do país e das Ilhas que o regime de exclusividade tem uma expressão mais significativa.
Ficha técnica
Estudo elaborado pela NOVADIR/AZYX, junto de uma amostra de 1202 médicos Clínicos Gerais com representatividade a nível nacional.
Recolha: Janeiro a Dezembro 2002
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