julho 29, 2008

Exclusividade dos Médicos

Volto a não perceber o grupinho de trabalhadores “médicos”.
Se eu e a maioria dos empregados por conta de outrem tem exclusividade ao seu trabalho, porque não hão-de os médicos ter também exclusividade ao Sector Público?
Se não concordam com essa exclusividade só tem que passar para o sector privado.

Não é lógico? A mim parece-me mais do que lógico.
Quando é que os médicos param de vez com a mania de pensarem que são muito importantes? São trabalhadores como eu e como muitos, tem que ter responsabilidades e serem competentes e seguirem as mesmas regras.

Qual é a lógica de um trabalhador estar na empresa A do ramo de negócio X e ao mesmo tempo estar a trabalhar no mesmo ramo de negócio X na empresa B, que no caso dos médicos até é concorrente e tudo?

E depois vem a ordem dos médicos dizer que é inconstitucional e só vai promover a falta de profissionais.
Interessante, só é inconstitucional para eles e falta de médicos nunca existe no privado.

Estranho, muito estranho.

julho 24, 2008

Eles merecem

Durante os últimos dias tive a oportunidade de estar bem perto de vários italianos, de italianos de várias formas e feitios.
E cheguei à conclusão de que merecem o Berlusconi.
Mas logo a seguir lembrei-me dos Americanos, eles também merecem o Bush.

A conclusão seguinte doeu mais … nós também merecemos a Fátima Felgueiras e afins.

Mas o pior ainda estava para vir.
Afinal o que se pretende na politica, e talvez no resto, está longe de ser a honestidade, a honra, a seriedade, a integridade moral, o empenho, …

Talvez um grupo muito pequeno ainda sonhe com isso, mas esse grupo não interessa para nada, o que interessa é a maioria, mesmo que eu não faça parte dela e a maioria faz com que os citados acima vençam eleições e sejam aclamados “santos e defensores da pátria”.

Esta foi a conclusão final que me transportou para assistência de um “filme” no qual já não devo pertencer para que não o estrague.

julho 18, 2008

Planeta Verde

O planeta verde, azul ou cheio de arco-íris já não existe.


Cada vez é mais difícil saber o que é um riacho limpo, uma ponte romana, um caminho de terra, campos verdes. Até as estrelas já não se vêm, o sol tem dias e a lua, só se estiver por cima da porta quando chegamos a casa.

E o pior é que até o S.Pedro se zangou e já lá vão as noites de Verão quentes, quentes, onde se pode dormir na rua sem “telhado” só para olhar as estrelas.
Este ano vou precisar montar um telheiro transparente se quiser passar uma dessas “noites de estrelas” com a minha criança.

julho 15, 2008

Pavões de Papel

Já repararam que não existe programa de televisão que não seja visitado por “pavões de papel”?
Ou são os programas de opinião, como por exemplo “com o Marcelo” ou o “Prós e Contras” ou uma simples reportagem em directo na Quinta da Fonte.



Tudo o que falam é sobre um país também de papel, desenhado e recortado à medida das suas opiniões, comentários e desejos e que nunca tem nada a ver com a realidade que está instalada e que só não vê quem não quer.
E se por acaso alguém tenta dizer qualquer coisa que esteja no limiar da realidade é logo apelidado de “muito frontal” é ignorado a seguir porque não pode ser levado a sério, ou seja torna-se o bobo que não fala com palavras caras, que não enrola as palavras e que diz verdades que até fazem doer.

Se alguém tiver jeito para o negócio o melhor é aprender a fazer espelhos e abrir um espaço que só venda espelhos, vai ter sucesso garantido.

julho 07, 2008

Não é normal

Ou será?

De acordo noticia do Jornal “Público”

“A Direcção-Geral de Saúde pediu um diagnóstico nacional e verificou que, dos 70 hospitais públicos que responderam, apenas 20 têm programas de prevenção de incidentes.”

Mas isto não é estarem mesmo todos preocupados com as férias e não com as responsabilidades de cada profissão? Mas que gestores são estes, que médicos são estes?

São estes hospitais que depois escondem os médicos que mandam para casa uma pessoa que por acaso até se arriscou a ficar sem um pé, porque só lhe faziam o penso mesmo quando ela se queixava de dores intensas. Que deixam morrer as pessoas que só lá vão tratar uma constipação, ou que então que simplesmente as mandam para casa porque estão com gripe e afinal estão a ter tromboses sucessivas.

Devem existir mais casos, mas como não existe registo de incidentes também não existem casos, excepto os que nos batem à porta de cada um.